“Conhecida principalmente por seus smartphones e airfryers”, a Xiaomi planeja lançar seus veículos na Europa em 2027

É uma das novas montadoras chinesas que está atraindo atenção no exterior. A Xiaomi, mais conhecida por seus smartphones , lançou-se recentemente na indústria automobilística com um sedã esportivo, o SU7, que estará à venda a partir de março de 2024. Um carro que foi exibido em Paris no verão seguinte , mas sem que se soubesse na época se este modelo, e muito menos a marca, um dia seria lançado na Europa.

Agora está confirmado: a Xiaomi planeja oferecer seus veículos no mercado europeu em 2027, garantiu William Lu, presidente da empresa, na terça-feira, 19 de agosto, durante uma teleconferência de revisão dos resultados financeiros do segundo trimestre.

Algumas semanas atrás, o CEO compartilhou uma foto sua com um SU7 Ultra em Munique, com placa alemã, em sua conta na rede social Weibo, afirmando que era o "primeiro veículo experimental (da marca) registrado na Europa".

Esta versão mais potente do sedã tem três motores elétricos para uma potência de 1.548 cavalos e registrou um tempo recorde no lendário Nürburgring em outubro de 2024, se saindo melhor que um certo Porsche Taycan ou um Tesla Model S Plaid na categoria sedã de 4 portas.

"Uma empresa mais conhecida por seus smartphones e airfryers estabelece um recorde de volta em Nürburgring. Que momento!", comentou um internauta no vídeo do feito .

O presidente da Xiaomi não entrou em detalhes sobre o próximo lançamento na Europa. Depois do sedã SU7, a marca acaba de abrir as encomendas para um segundo modelo, o SUV familiar YU7, com quase 300.000 pré-encomendas registradas na China em apenas uma hora .

Enquanto isso, a Xiaomi ainda não confirmou as expectativas em seu mercado doméstico. Embora os números sejam promissores, a marca vendeu 157.000 carros na China no primeiro semestre do ano, mas ainda está muito atrás da BYD, com quase 344.000 vendas, ou da Leapmotor, com cerca de 221.000 unidades, destaca o Les Echos .

Nos resultados financeiros divulgados esta semana, a ainda nova divisão automotiva gerou uma receita de 20,6 bilhões de yuans (2,46 bilhões de euros), com um prejuízo menor em comparação ao primeiro trimestre. A Xiaomi ainda espera retornar ao lucro no segundo semestre do ano.